12 semanas
após abastadas tentativas em sexo procriador - cá entre todos, um atentado à natureza -, descubro muito antes de se fazer um sinal e um perigo. sim, conheci desde antes da verdade, quando apenas nidada, quando poderia escapar pela vertical das minhas coxas a qualquer descuido, jamais enternecendo ninada. mas, ao contrário, ele me empurrou contra a parede, eu a senti sacudir num eco batizado, e ele cimentou a porta atrás de si. nosso lar preenchido metade a metade agora não mais que apêndice. costume se fez outra voz feminina sinalizando na secretária, “venha a mim tão pequenino” -, o carro constando quente enquanto eu, embaixo e à parte, nos sustentava aquele fio de vida. transmitia pavor de alimento e fiz de uma forma primitiva, próxima a um inseto ou um réptil que poderia ser confundido com qualquer outra gênese vulgar, o receptáculo endividado da minha continuidade. aquele cordão selado ao umbigo, antes do a-mais, bambeava como meu único meio de travessia...