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Mostrando postagens de agosto, 2021

o nó que segura a mão

sim, eu ando distante de tudo que é isso. tentando não usar termos imprecisos como isso ou aquilo tenho buscado não falar exatamente como estou falando mas ao mesmo tempo tenho me tornado palavras soltas sem marcas, indicações precárias de uma outra mulher ímpar e vibrante, que não admitia tombar no discurso como  essa ou aquela ou ultrajada em diminutivos  sim, eu tenho sido eufemista  rompido contratos com os outros frágeis fios do eu cedendo ao valor de feminina que postula modéstia e economia às quais outrora esbravejei escar(céus)  na via oposta e venho comendo os restos dos pratos servidos a homens já satisfeitos eu tenho fumado como um  velho homem, velho elenco assim sentado na varanda os lamentos como sombras atômicas agora que o ninho se foi e a hora se foi e o sexo se foi, depois, também eu tenho ido, em círculos, em busca das burocracias e documentos imprescindíveis para atestar que eu respondo por pessoa física a uma pergunta jamais articulada e to...

ei, pai,

ei, pai, ontem ouvi dizer que a primeira palavra que todas as crianças aprendem  é seu nome. hoje é aquele dia. curiosamente, esse dia caiu em vários daqueles . minha mãe tem em cheque sua sobrevivência hoje seria aniversário da minha avó e eu devo sangrar em breve. "eu devo sangrar em breve", como se isso não fosse constância ininterrupta derivada da seiva com a qual você, descuidado, me moldou como se eu não abrisse  o-a-priori hermético da pele implorando jorro e trigo cumprindo o profano neuroquímico fazendo jus, apregoada, ao nome que você me daria,  - pensou por dois minutos, e acabou por deixar pra lá. pessoas deixam compromissos pra lá quando eles são irrelevantes. então eu sou sua paisagem plana,  natureza natimorta, pendurada na dispensa. você nunca planejou passar os dedos, eu sou rasa careço de fontes dunas e apud um retrato perdido na galeria um espelho sem imagem real e tudo bem, porque você tem a ela desse nome com dois eles uma cópia de qualidade, nít...