foi um decreto que amassou meus órgãos. as Criaturas puxaram as cortinas sobre as nuvens ganindo esquartejadas com seus olhos na Morte -- regozijadas por serem atendidas nem era Noite ainda quando. não era Escuro o bastante para tatear minha mão, mas assim o fez mais assustadoras são as manhãs, com seu despertar automático da Angústia e a rotina ditada pelos seus chicotes. Angústia que, em Novembro, o Sol só a mim não alcance embora os Horários permaneçam na exigência de serem cumpridos e você, fiel a eles, agraciado pela sólita Luz, prestes a -- que a rotina nos consuma até que partamos, aos poucos, sem nada dizer. que nem mesmo choremos e de propósito esqueçamos o que significa esse sofrimento. que eu enrubesça nos cantos ao mero discurso indireto da tua silhueta que seja, afinal, sobre falhas na minha condução ou, pior ainda, trate-se de um ordinário acaso em que justifiquemos tarde que a culpa foi da vida, da l...
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Mostrando postagens de fevereiro, 2023
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já desfilei despenhadeiros, possessa bem parida numa euforia esguia que me alumiava o semblante, eu tinha incansáveis olhos e vencia as quedas de braço com as noites e ainda que não soubesse aonde ir, continuava indo. eu me pendurei em estranhos achando que neles havia algo a ser percebido e descoberto. julguei um milhão de vezes que o amor era aquilo que eu não estava vendo. e me apeguei às imagens distópicas dessa miopia, enquanto ainda era enérgica e disposta aos ferimentos. não havia perigo nas esquinas, eu inspirava até o fim dos alvéolos mas agora eu mal posso suportar minha imagem pública. nada me convence que esse corpo não merece meu casto e honesto ódio o ódio que se re-nutre pelos inimigos, por criminosos hediondos, por aquele que te abandona e desfaz os sonhos, agora meus músculos são fibras frouxas, meus olhos opacos quedam as pálpebras e me constranjo ao ser vista e visitada. agora fico ao léu das avenidas algo de mim permaneceu lá atrás, irrecuperável e...