é assim que te olho
não houvesse colonização sobre a terra ou vestígio a esmo de vida inteligente civilizações inteiras padecessem soterradas mas, antes, uma única silhueta – em seus ombros largos e invulneráveis ao grande silêncio do universo –, que me dita a natureza do próprio gene. – é assim que eu te olho. sou capaz até mesmo de esquecer o que fazem os homens . e te fitar como uma espécie à parte que volta e meia, um acidente, mimetiza um gesto ou outro dos seus antepassados. cresceram teus olhos voltados para dentro . e aquilo que sujo vês, que pensas indigno e pecha merecido converter-se em segredo – isso também de ti eu quero. tornar-me então uma visitante assídua do que você mantém entre grades estender a mão aos teus lobos receber no colo teu corpo de guerra seja encardido seja profano, trilha seca de sangue arcaico, feridas a flux destinadas à infecção, os calos nas mãos ásperas como ímãs ao próprio pescoço – misturar-me à sepse como a mulher que não se curva à morte q...