"não deveria ser assim" – apesar de tal certeza, é como se o mundo risse à beça através do trânsito do trabalho da natureza do metabolismo da tua habilidade indiscutível de desejar alteridades ao continuarem, todos eles, a despeito – teu olhar-umbral onde eu espectrava a colher ervas daninhas floreadas de espinhos e fazê-las enfeites mas são inocentes as horas e ainda que pareça imperdoável nada me deve a vida no entanto, procuro na expressão dessa gente toda um traço que seja que ressoe com o meu Desespero dissimulado com a minha Solidão abarrotada e possa eu me encontrar pertencente por um ínfimo momento e você também continua, capaz e apressado, bebe e fode e ri tanto quanto qualquer um porque não me deve nada não há a quem me queixar – é o que é mas não deveria ser não me cabe exigir meus quereres um dia distante eu drenaria meu sangue para que teus órgãos cumprissem suas funções com e...
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Mostrando postagens de setembro, 2024
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quase lambi num hábito fosco os mamilos do homem acima de mim e aquela ali, amanhecendo escura na cama de um estranho, é uma versão minha que você tinha curado as línguas apenas avulsas se desencontrando num ponto crítico – sem retorno e as mãos de um outro que gentilmente me acariciavam, eu interrompi para checar que não havia os músculos que as suas cultivaram de tanto tocar algo que não sou mais eu agora me disperso tão podre quanto você enfim compatíveis, podemos disputar pecados hediondos até que empoeirem me pergunto como é possível sobreviver qualquer desejo pelo alheio logo após conhecer o Amor por alguém – sobreviver – – coisa essa em que só você é perito sempre espero te encontrar escorado às portas dos ambientes em inanição do abraço não ensaiado no interior de onde se dissolveria o mundo a playlist no modo aleatório trouxe aquela banda dos anos 80 que você adora e eu apertei os olh...
20 de setembro
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criaste o luto do abrupto feito muro que se ergue perante um veículo que tu mesmo empurraste. e usa de toda tua força bruta para findar a si mesmo. eu, como teu câncer também senti a extinção. mas vives tu, ainda. no desalinho nos micro objetivos voláteis que despontem qualquer raso gozo. não carece de muita burocracia - uma lisa sombra feminina que se estenda sobre a tua cicatriz e pergunte sobre ela. já te basta. inventaste o luto da costela. e eu o gestei ectópico. pari sozinha, às margens dos teus supercílios não pude segurá-lo ou dar-lhe o peito pois o luto é uma existência que se nina com os braços vazios. saíste deixando sob meus cuidados a incerteza fúlvia de um retorno futuro. deste desculpas incognoscíveis, me obrigando a elas decodificar como prova cabal de amor. não me convidou para o centro da festa. chamaste outra a pôr os pés sobre os teus e não te sobressaltou a forma diferente por onde deslizavam tuas mãos. era a lou...
4 meses
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a mão que se ergue em ameaça coreografada é a mesma que guarda bem apertado o fóssil daquele afago tão familiar o abraço que esmaga o órgão pretendendo agir tal qual uma camisa de força enquanto eu me debato em ânsia do curso trivial do metabolismo é o mesmo que tantas vezes me aninhou meu próprio cárcere os olhos que me alvejam ora querendo me ver queimar, ora querendo nem me ver, e que erotizam em desejo alguma transeunte fanática tangente ao palco ainda são aqueles – a gênese da tragédia que se deitavam tão macios sobre a minha imagem de menina travessa a voz que invade os cômodos que faz tremer a postura mais digna ainda guarda semelhança com a que jurava vidas eu inventei você como se faz uma quimera no deserto ou um personagem que salva os menos favorecidos – as pobres garotas problemáticas e tudo o que eu mais amo não passam de flashes mnemônicos seletivos era cada vez mais raro você parecer ainda consi...
Armillaria ostoyae
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I não entendi até que a delegada disse, o sutil não é pequeno, mas é aquilo que reitera-se bem camuflado. e se estende discretamente desapercebido subestimado como os micélios de um cogumelo-do-mel. foi preciso, logo a mim, uma veterana , decompor e operacionalizar o que era violência é assim que se aniquila alguém sob o sol do meio dia, em meio à multidão, e ainda se ganha um tapinha nas costas e coxas abertas sedentas em self service. II no início, sempre reluz. um efeito tão estroboscópico que cega . e por cegar se ignora sinais, como vermes microscópicos fazendo o que nasceram pra fazer. ser posse às vezes parece que também se está fazendo o que se nasceu pra fazer acumula-se absurdos até que a metástase deles define o cotidiano. e então o estado de desorientação crônica feito pano de fundo do dia mais ordinário, uma nova natureza. sim, eu me deixei ser inventada à tua imagem. te nomeei o maest...
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"não é real", eu pensava enquanto você pressionava mais a mão sobre minha boca e o peso do seu corpo me afundava no colchão você diz que só quis calar meus gritos mas eu também não conseguia respirar – coincidência, você dirá não estou aqui, esse sobre mim não é você (e você repete que isso não é sobre mim) não sou eu ali esse deitado sobre elas, transpirando, não é você suspeito que algum desses corpos seja o meu catatônico e tentando desacordar os outros estão bem despertos e se movem freneticamente tesos enquanto eu amoleci os membros em asfixia até que você se satisfez e me soltou e eu desapareci completamente até ser só menos que um vestígio teu não aconteceu – você precisa que eu acredite que você não é assim antes você fosse outro homem quereria que eu lutasse contra provavelmente daria uma boa surra em si mesmo você diria que esse não é você, que não pode ser os sons comuns distorcidos como membros em ...