qualia
Um aquário? Uma jaula modernizada, com vistas a ser mais degradante? Uma espécie de globo de neve, como nos filmes românticos meia-boca? Uma campânula que não floresce na primavera e em nada guarda semelhanças com o verde? Depois de muito questionar em mudo, epifanei que não importava. Era de uma superfície fria e rija, cujo som dos meus arranhões contra o vidro e mesmo os berros não chegavam à atmosfera externa; havia sido encerrada à vácuo, e qualquer grunhido morria antes da úvula, não propagável, não aterrisável no lá-fora - a poucos centímetros e imensuravelmente longíquo. espalmava as mãos contra o espelho sem sujeito e observava as digitais ali sumindo contra o ar rarefeito. nada ali era deliberadamente afiado ou pontiagudo, e mesmo assim, instrumentalizado para tortura. E doía aos ecos - cacofônicos e egoístas, viventes apenas em si mesmos. Aquilo o que quer que eu tentasse ser - não saía Como se dopada me houvessem posto numa bandeja. Espelho pl...