Você morreu todas as vezes que desejou
Instrumentalize. Faça algo com todo esse ódio, com todo o veneno que te cabe. Não ouse deixar que ele destile e escoe sem rumo, à toa, gratuito, como o sangue puro da tua menstruação que escorre pelas coxas até o ralo. É assim que você não se deixa ser vencida. Não podem te devorar dessa forma. Se você gostar da dor. Se você fingir que precisa dela. Continue. Sinta a dor, consuma, beba. Engula o sangue seco, deixe ele coagular na garganta. Seja a maior fã da tua morte. À primeira vez que você viu sorrowing old man pensou: que ridículo. Como isso é arte. Como isso é qualquer coisa. Como isso é outra merda senão cores espatifadas numa tela, sem sentido, tom de malária, como isso é algo que não além de nada. E hoje, eras depois, no Ceará, aos 21. Você sentou da mesma forma, na mesma pose, e viveu. Viveu a tela. O homem amarelo ou ci...